Todo o discurso deve ser construído como uma criatura viva, dotado por assim dizer do seu próprio corpo; não lhe podem faltar nem pés nem cabeça; tem de dispor de um meio e de extremidades compostas de modo tal que sejam compatíveis uns com os outros e com a obra como um todo. Sócrates, extraídoContinuar lendo “Bons discursos: um investimento em declínio”
Arquivos da categoria: Pensamentos
AntiSOPA e AntiPIPA: A primeira tá pelando, a segunda vai queimando
É muito mais que vetar a possibilidade de encontrar aquele álbum daquela banda que não foi tão influente nos anos 70 no seu país de origem, que você aprendeu a gostar por curiosidade, e quis baixar a discografia. É muito mais que impedir que você tenha o acesso a um filme noir russo, por nãoContinuar lendo “AntiSOPA e AntiPIPA: A primeira tá pelando, a segunda vai queimando”
Violência Mútua
Por anos não foi do meu feitio postar aqui um artigo que não envolvesse o mundo das artes, mas fatos recentes me inquietam e não permitem que meu silêncio também se aquiete com o que vou lhes apresentar sobre o que pretendo chamar de violência mútua. Em primeiro lugar, quero chamar a atenção para umaContinuar lendo “Violência Mútua”
Reinfanciando-nos
Outrora a infância foi um bem precioso, não dado pelos deuses, mas entregue aos homens pelos homens – o século das luzes teve participação nisso. – Agora, saber quando ela acaba na vida de alguém é uma tarefa bastante difícil de se especificar. Se tomamos como ponto de partida – ou melhor, sua finitude –Continuar lendo “Reinfanciando-nos”
O Fluído Salgado
Relato encontrado num data-center aos 10 de agosto de 2011, na cidade de Osasco, sob prontuário número 7.243.561-95.234.338, registrado em PDF sob o codinome Anchovas. O arquivo foi resgatado após uma tentativa frustrada de queima de arquivo, na operação Deus Ex-Machina. Tenho medo do futuro, ainda mais porque o contabilizo. Tenho medo destes controles remotosContinuar lendo “O Fluído Salgado”
Um Desvario Confessionável
Queria ter vivido nos anos sessenta… Queria ter visto as cores daquela época. Queria ter vivido o verão dos sonhos, ter visto Jimi queimar sua guitarra em Monterrey. Haight – Ashbury, com portal dimensional para a Ipiranga – São João. As kombis coloridas e as experiências com ácidos. O frenesi social! As luzes do mundoContinuar lendo “Um Desvario Confessionável”
Meu Prato de Sopa
Declaradas as férias… Mais uma vez encontro-me disponível, se desejar, ao ócio. Não sem antes fazer um belo proveito de um prato de sopa… O frio do inverno desaquece, traz nostalgia e causa uma terrível sensação de solidão profunda. Todos foram à praia no Ceará… Todos passaram um tempo a mais em Jordão, normalmente emContinuar lendo “Meu Prato de Sopa”