Em memória das pessoas finadas,
todas elas…
Sobretudo, e não menos, Marielle Franco
Veja, que são enterres
as cruzes assim feitas
pespontando que são não
assunções do Deus cristão
Veja, que impunidade
apontar o declarado lúmen
como inocente do mundo
e o lúgubre à margem de vilão
Olhe, audácia infausta
tanger o argumento nefasto
o fastio de proclamar-se
mensageiro do sangrento derribar
Olhe, plangente fala
cala a todos os contrários
evocando fracos corolários
duma iluminez que já findou
Limpa, tua menção fugaz
que só desgraça traz
ao plano de fundo da pintura
que intenta grande finura
Limpa, deste teu corpo espúrio
o cal que teu coração endurece
pois mancha a terra que teu alvo pretume
outrora mil plantas floresce
Pensa, o quanto concertado
teu concreto fez da Natureza
quanto teu lúmen vagado
minguado foi vilaneza
Pensa, o quanto teu espelho,
reflete o intangente visionário
enquanto tu, lúmen cegado pelo teu orvalho
mais lúgubre és que suposto adversário
E sua alvura dita inocente, ah! Cantador contumaz
é aquela que mais mata, mais extirpa e mais desfaz!!!
Apenas um mantra e uma boa chuva são capazes de lavar as almas confrangidas do existir…