Ligeiro, percorre a distância até o túnel,
entorno que se deriva munido a fundo
o fundo do desejo ampliado a som mais crível
num ambiente predisposto ao imundo.
Qual prece! Qual bala ao alto
se faz a curvatura da Máquina do Mundo
precede a presença ampla difusa ao contralto
num recinto de orquestra mudo.
Precede! Clama Calíope dos tempos modernos
tua canção de rogo, arrebata desde os ínferos
dos infernos às pombas do céu a trompa
numa canção que resume tudo.
E prepara, no banquete dos aedos que anônimos
vagam nas mais diversas ciências…
Eu, mecenas? Se te apraz a embalagem
que seja: faça-se a sua imagem
nesta taça onde projeta-se o fundo.
O caldo das vivências, o triunfo
a canção-presença-existência-come-tudo
a consciência, farta do ócio de Tartufo
pede uma nova ode, erudita, codificada
neste códice-vórtice de objeto profundo.
… o sonho termina e se projeta,
amplifica e venera involuntário
quem quer que diga o contrário
que experimente brincar com as palavras
e com esse ludismo que eu comungo.