Oasis
The Masterplan
[Estúdio (lados B), Sony BMG / Helter Skelter]
Encorajado pelo álbum anterior, como já dito, passei a correr atrás dos que faltavam. Me vêm à lembrança que tanto este quanto o anterior vieram simultaneamente. A primeira audição deste seguiu o mesmo velho esquema de antigamente. Um aparelho de áudio comum… Sem distrações! Apenas a estrada com meu pai e as músicas do Oasis. Por uma questão de ordem de audição – este já pelo fim da viagem – este passa a ser considerado o segundo da lista, numa recorde compra de três, do qual o próximo rende outra história.
Não sendo caracterizado tal como os anteriores como de estúdio numa mesma sessão de gravação por determinado tempo, este compõe-se de lados-B presentes nos singles dos anos anteriores ao álbum anteriormente resenhado. [Para fins de avaliação, será considerado sem nenhuma adição ou subtração de conceito final, por questões de sequencialidade da obra ou presença de feelin’ dos fãs]. Explica, ainda por cima, duas faixas soltas inominadas do álbum já resenhado, e ainda tem direito a um cover dos Beatles. Simplesmente, o confessionário das influências da banda. Sem mais devaneios, veremos o que há do outro lado desta banda ilustre dos memoráveis – para mim – noventa.
Setlist
- Acquiesce: tapes rasgados, muita experimentação, e vocais contrastantes;
- Underneath the Sky: a boa dose guitarra + violão, o contraste suave proporcionado e uma alegria típica de Oasis;
- Talk Tonight: nem mesmo numa coletânea de lados-B me livro dessas acústicas… Tão belas!…
- Going Nowhere: a baladinha básica, pontuadas de ooohs e melodias boas para uma tarde ensolarada de domingo;
- Fade Away: uma quebra na vibe, trazendo algo mais enérgico, cheio de saúde, até dançante, se arriscar;
The Swamp Song: algo ao vivo, pra começar… Que exige um volume bem alto, e traz à tona enfim o caráter de banda pesada que algum dia o Oasis poderia investir. Ah… Pros desavisados, está aqui aqueles dois anexos soltos e inominados em … Morning Glory?;
- I Am The Walrus [Live]: o desvario ao vivo, muita distorção e algo que realmente traz um detalhe Beatles aos vocais;
- Listen Up: com certeza, dos tempos de Definitely Maybe… ecos vocálicos, guitarras “espaciais”… E uma microssuíte melódica;
- Rockin’ Chair: nova baladinha, pontuada, exigente, melodramática por exagero… Mas toca nosso âmago passional;
- Half the World Away: ainda na linha das toadas – e mais uma vez, destaque ao violão – e dos teclados ambientados, um jogo-de-sons interessante de se ouvir;
- (It’s Good) To Be Free: um meio-termo entre o Oasis suave e o Oasis “cru”, com nuances expressivas e representativas de seu tempo… Ah, e não esqueçamos do realejo;
- Stay Young: uma alegre música-cirandeira, que parece não se sustentar sem os efeitos sonoros pontuados;
- Headshrinker: uma pegada forte, enfim, pra animar a pista – mas não parece haver muita quebra de expectativa – uma música para os neutros momentos, onde nem o amor nem o ódio dominam tuas emoções;
- The Masterplan: e, pra fechar o disco, algo mais na linha de Champagne Supernova, orquestrações divinas, violão – sempre! – e uma velha canção-expurga-males de arrebatar. Digno!
E o outro lado…
Apesar de ter sido escolhido por fãs mais versados, possui seus altos e baixos, e embora este não seja um simples ouvinte de Oasis, confessa que o conjunto não costuma ser muito atrativo, desgastando-se pelo pouco mais de hora que possui. Mas, há momentos-chave que seguram a peteca, então…
Curiosamente, o shuffle me dá uma de minhas jams preferidas: