Dedicada a alguém que não sei se conheço ou que sei que não conheço…
Olhares transpassados sempre em vista
que desvanecem ao passar do tempo:
como podem intuir razão quista
debaixo de inglorioso lamento?
Vislumbres divinos, égide feita
rosáceas plumas conferem ardor
desta queixa insolúvel imperfeita
desata num nó noturno calor.
Concede teu afeto tão glorioso,
a este galante tão mal resolvido
que te quer por singelo desvario?
– Não! Muito antes quero-te tão prestoso:
cante em mim teu verso amado e querido
ora aceito, mas depois contrario…