Minha Tríade
Não quero ser mais um qualquer,
e por isso quis me diferenciar.
Quis encontrar algo novo pra fazer apoio
algo que eu encontrasse meu sentido.
No começo, escolhi a tecnologia,
divertida, corporativa, interativa
com seu discriminar de sim e não
o é do não-é,
o verdadeiro do falso,
e quando vi essa opção
me engolindo e me vertendo
vi desumanizar o coração.
Depois vi na academia,
no intento das teses e hipóteses
as afirmações e refutações
que davam ordens´à ciência
em premissas de mundo,
mas a regra virou exceção
e tudo que achava verdade
foi-se direto ao fundo.
No desespero, recorri à arte
que se demonstrava Musa sedutora
adúltera, safada e insinuadora,
me corrompendo da sociedade.
Amei coadunar com ela,
senti-me um herói marginal
mas o pulso de vida subsistência
evitando minha morte, abafou
essa liberdade inerte
e afligiu minha mente.
Neste fim, num ato de purificação de pensamentos
antes que me dê cabo da loucura,
que escolha me procura?
Prefiro ficar com esta:
com a tecnologia,
com a arte,
e com a academia.
O resto, jamais me importa,
bato à porta da vida com alegria.