Tabuleiro
ou Primeira Elegia
Expresso, contido, totalmente posto em deriva à razão
Resvala incólume perda em seu amor, consciente.
Quão variante opinião fazer, de emendar? Se incorporam,
Culpada nunca ser, seus hábitos próprios, se entende.
Enquadro, absurdo, brevidade temporal, momento xadrez
Contrasta em vórtice, queda dum anjo, em mulher…
Desatino imposto, que fosse descer, sublime, em aridez
Paço que passo? Voltar, agora escolher…
Despeço, contrito, dispo de velha maneira, à beira
Costuma sobremaneira inteira do céu
Luz primeira, iluminada; igual derradeira
Aurora celeste, investe dúplice véu.
Desfaço, em obtuso temor, torpor, excesso atroz:
Resuma o segredo perspicaz que em ti congrega
Suas asas, íntimo sorrir, que mal segrega?
Diga mais, intenção do hoje, ontem e após!
Termino, retendo em mim que quero! Vale ceder?
Rainha-princesa, que nobres propõe ao léu?
(em 26 de setembro de 2010)
Além de poeta, desenhista… Que inveja! hohoho
Como eu queria saber desenhar…
Gostei muito, muito mesmo deste!
CurtirCurtir