Grosseria Paranóica ou Realidade Concisa?
Toda vez que nos deparamos com a filosofia romântica de Nietzsche, nos perguntamos: que há nela de tão sedutora, apesar de aparentar tanto repúdio, em nós, pessoas sofríveis com aspectos diversos da vida? Será o filósofo alemão uma espécie de confessionário de nossas expectativas humanísticas?
Por que será que, quanto menos ortodoxos somos como pessoas comuns, mais nos identificamos com este pobre sujeito?
Será a misogínia um aspecto pertencente a homens frustrados com o seu relacionamento com o outro sexo?
Porventura a juventude vê a religião como um estrangulamento à livre decisão de conduzir sua vida ordinária conforme o que aprouver em sua consciência?
São tantas perguntas que Nietzsche, estando vivo nos nossos dias, saberia impingir respostas deveras diretas, e até a princípio estúpidas…
A Filosofia, dizem, quase morreu quando Nietzsche pôs-se a pensar sobre ela. Mas, graças a ele, sabemos o quanto maravilhosamente traiçoeiros somos em nossas condutas menos nobres.
Que há de dizer contra esse homem que, no amargar da vida, fez da sua a verdadeira contradição, fragmentada, dissidente, mas sobretudo sincera, no espírito neutro da palavra?
O coração amargurado identifica-se com o pessimismo anticristão deste filósofo, sempre inconformável das expectativas que se gera??
Nota-se que Nietzsche é um filósofo para se perguntar. Nunca para se responder…
Futebol Solidário de Mogi-Mirim. [Abraços às organizadoras]
Apesar do teor sinistro deste artigo, desejo boas festividades a todos, mas ainda nos veremos este ano por aqui, quem sabe…