Led Zeppelin
You Shook Me
[Swan Song, coletânea não-oficial]
E há também certas bandas cujo nome e certas canções já são motivos suficientes por si só. Ainda nesse momento, as aquisições eram mensais, e sempre eram precedidas de uma situação não tão conveniente: consultas médicas.
Os dias estavam se aprumando. As impressões que eram acometidas em mim acerca do mundo que me rodeia estavam efetivamente deixando a minha presença. Mas certas coisas de deixar a pulga atrás da orelha ainda persistiam…
Importa informar que a coletânea adquirida, apesar da qualidade do papel cuja arte foi impressa, que era superior, a arte em si deixou muito a desejar. Mas importava o conteúdo. No entanto, como se verá, existem algumas coisas a serem observadas, que deixarei para comentar oportunamente em tempo.
Setlist
- Immigrant Song: evoca logo de início o espírito selvagem de Hard Rock primitivo da banda. Um bom começo, e pode-se arriscar: até dançante.
Heartbreaker: a base musical é perfeita – e as pausas dão mais ênfase ao conjunto.
- Black Dog: que voz perniciosa! Que soar vocal melódico tão vívido!
- Kashmir: talvez a canção mais misteriosa no conjunto, e também a mais densa.
- Dazed And Confuzed: acompanhando a seqüência da anterior, mas mais tenebrosa e marcante.
- Rock And Roll: a ligação fundamental da então nova vanguarda sonora com as origens dos fundamentos do Rock, e a voz de Plant, inconfundível.
- You Shook Me: uma comprovação – Blues e Hard Rock são irmãos, e esta música é a constatação deste fato.
- Whole Lotta Love: psicodelia? Não! Insanidade seca, mesmo!
- Going to California: uma toada acústica direciona a atenção da coletânea para outra roupagem musical bastante distinta, mas ainda experimentando os mesmos padrões de sempre.
- The Song Remains the Same: frenética e com um leve toque de grandiosidade.
- Good Time Bad Times: o plano de fundo fornecido pela percussão tribal traz um diferencial a uma canção nem tão Hard Rock assim.
- Stairway to Heaven: uma obra-prima do século que passou – uma crescente suíte digna de encerrar qualquer coletânea da banda. Começa com um singelo acústico e vai ganhando formato, conforme vai avançando. Mas…
- Black Dog (Versão Acústica): que é isso? Uma furada! – não acredito na existência de uma versão acústica dessa música, podendo ser ela muito bem uma montagem. Não encaixa nem no padrão do arranjo da versão elétrica. Merece ser ignorada!
- Whole Lotta Love (Versão Acústica): furada maior ainda! Isso com certeza não é a banda. Ignoremos esta também!
- All My Love (Instrumental Acústico): novo furo – e muito prejuízo contabilizado no fim das contas – custava colocar a versão natural de estúdio, comprovadamente da banda?
Foi tão ruim assim?
O final pesou muito.