Pois que É Natural a Todo Ser
Kierkegaard, Sören;
ISBN 85-7232-492-5
Ed. Martin Claret, 2007
Ibiúna, domingo, 3 de maio de 2009
Garantidamente, a infância deste
profundo autor e sua densa relação com seu pai
garantiram-lhe traços desta profunda obra, que se torna e
retoma sempre ao mesmo assunto, o tal que se torna inerente à
existência, como o respirar é imprescindível à
vida.
Relacionar o desespero ao
condicionamento da consciência não é devidamente
condicionar uma situação assoladora a si, mas algo
além; algo que se permite apresentar ao desesperado a condição
do autoconhecimento e da limitação própria entre
o ser modal e o ser factível.
Apesar do encadeamento fechado e
conciso, apesar da explanação detalhada de todo o
assunto principal, a limitação da tese apresentada
acarreta numa leitura recorrente a si mesmo, e que não permite
expansões a temas transversais: fora da consciência de
si próprio, não há enriquecimento além
desta obra.
Perceber todas as implicações
do vício circular do ser e do não-ser que resultam
sobre ter sempre, faz-nos perceber o quanto somos seres fisicamente e
espiritualmente frágeis ante a sobrecarga da fixidez da
pós-existência fenomênica, que permite que a
eternidade apresente seu caráter superficial aos viventes do
mundo físico. O preocupar-se com essa eternidade ou o ignorar
além dos desconhecidos limites impostos pela providência
natural configura uma falta consigo mesmo – e na qual, pela sua
formação, designou por pecado.
A conferência de todos os
aspectos relativos ao desespero cumprem conclusões pouco
ortodoxas frente à teologia antropocêntrica, mas capazes
de principiar estudos filosóficos acerca da consciência.
Estrutura:
Clareza:
e ½
Conteúdo
contestativo:
Avaliação
Final: e ½
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