Jethro Tull
Crest Of A Knave
[EMI/Chrysalis, estúdio]
Quando uma banda se destaca, pedimos bis.
Assim, quando adoramos dois trabalhos, não hesitamos em adquirir um terceiro. Assim foi com a banda do homem da flauta transversal.
Lembro-me de um comentário ao qual fiz com um professor de tempos de SENAI, ao qual disse que ía, com orgulho, na contramão da massa na musicalidade. Crest… é a prova viva disso.
O ano de 2004 me reservava, apesar de muitos contratempos, a possibilidade constante de convívio com pessoas que muito podiam acrescentar, tal como uma outra fã inveterada de Jethro Tull – aquela do Catfish Rising – cujo o fato de citá-la traz-me à lembrança a banda, e vice-versa [Paula, me liga!].
Enfim, falando musicalmente, passada a efeverscência de Aqualung, mas consolidada entre verídicos fãs, Crest… mostra que o tempo não envelhece bandas.
Setlist
- Steel Monkey: começa bem metal e ao mesmo tempo bem eletrônico, e a levada mantém-se assim por todo o decorrer. Não se nota a falta da famosa flauta.
Farm On The Freeway: as pausas, a leveza, o peso dos riffs, tudo bem dosado, à moda deles.
- Jump Start: o clima de canção cigana faz o diferencial nesta leve balada com pitadas de solos de guitarra.
- Said She Was A Dancer: mesmo com ampla leveza, a banda ainda conserva sua magia.
- Dogs In The Midwinter: sempre há de ter um espaço para as flautas, mesmo em meio a sintetizadores…
- Budapest: pouco mais de dez minutos de levadas acústicas e elétricas, de um trovadorismo incrível e do que eles sabem fazer melhor: suítes bem balanceadas.
- Mountain Man: trazendo peso novamente ao conjunto, inclusive no cantar.
- The Waking Edge: o mistério no princípio com a flauta. A revelação de uma história logo após com todo o conjunto.
- Raising Steam: para terminar, uma dose de sintetizadores e bateria eletrônica, com guitarras e um vocal sempre em prontidão.
Valeu o Repeteco?
Garantidamente.
e 1/2