Chemical Brothers
Singles 93 – 03
[Virgin, coletânea dupla]
Outro motivo que pode levá-lo a comprar algum álbum é justamente um videoclipe que você tenha adorado. Com esse aqui foi assim por causa de The Golden Path, com seu clipe hipongo e bem colorido.
Além do mais, eu precisava de uma referência no eletrônico, e neste gênero, não há meio termo: ou se faz bem feito, ou não se faz direito.
Um dos poucos nomes que conhecia da eletrônica eram os Chemical Brothers, cuja psicodelia eletrônica faz toda a diferença no mundo da música sintética. Há quem arrisque-se a chamá-los de membros de Rocktrônica, mas acho que isso é um exagero.
Para todos os efeitos, busquei a versão dupla [há a simples], para ver também o que o complemento reservava.
Setlists
Primeiro CD
- Song To The Siren: talvez essa faixa explique o porquê de ser rocktrônica…
- Chemical Beats: um trabalho mais espacial.
- Leave Home: um retrato confuso, mirabolante, esdrúxulo da "loucura" musical.
- Setting Sun: a "viagem sem volta" ao mundo do inalcançável e da "absurda insanidade" pode ser deduzida a partir desta parceria com o vocal do Oasis.
- Block Rockin’ Beats: idem à 1ª. E talvez o faça assim com maior propriedade. Feita sob encomenda para uma grande rave.
The Private Psychedelic Reel: o máximo produto psicodélico apreciado por um simples ouvinte. Se esse trabalho fosse concebido nos idos dos sessentas, hoje talvez teríamos coisas ainda mais insanas, dignas de fazer-nos enlouquecer só de ouvir.
- Hey Boy Hey Girl: a faixa anterior pode interferir na apreciação do restante do álbum, mas esse trabalho continua tendo um toque de insanidade.
- Let Forever Be: o upgrade de Tomorrow Never Knows provém o segundo melhor trabalho psicodélico do conjunto até aqui.
- Out Of Control: tende mais ao trance, mas possui seus acessos ilusórios e irreais de psicodelia.
- Star Guitar: idem à 2ª, com mais propriedade.
- The Test: a voz do The Verve que futuramente tenderia ao psicodélico permeia uma canção que é um paradoxo à sanidade. Um verdadeiro teste para a paciência.
- Get Yourself High: a mistura entre o eletrônico e o hip-hop, algo não muito desconhecido aos nossos ouvidos.
- The Golden Path: as vozes do The Flaming Lips encaixam perfeitamente no clima up da canção, encerrando o disco principal.
Segundo CD
- Not Another Drugstore (Planet Nine Mix): mais hip-hop que a 12ª do primeiro disco, mas ainda padrão nos dias de hoje com a eletrônica.
- The Duke: aqui já percebemos um Chemical Brothers que não é voltado ao psicodelismo.
- If You Kling To Me I’ll Klong To You: muito simples e, no entanto, muito obscura.
- Otter Rock: canção bem orbital.
- Morning Lemon: a característica mais vísivel está nas batidas.
- Galaxy Bounce: será que já não ouvi isto antes?
- Loops Of Fury: todos os elementos desse trabalho estão corretamente equalizados.
- Delik: vibrante sem ser excessiva. Porém, pouco criativa.
Elektrobank (Live): trabalho com um sutil apelo sexual.
- Under The Influence (Mix 2): apelo de psy bastante evidente.
- Piku Playground (Live): o trabalho mais orgástico do duo leva o público ao delírio, e ao fim do trabalho.
Deu pra sobreviver a tanta viagem?
O primeiro disco surpreende, mas o segundo não fica tão impresso na mente quanto o primeiro: desconto de meio ponto. Considerando o famoso desconto por ser coletânea. Temos, enfim:
Chemical Brothers: Galaxy Bounce