Stone Temple Pilots
Tiny Music… Songs From The Vatican Gift Shop
[Atlantic, estúdio]
Como já foi dito em outras oportunidades, há álbuns que você compra pelo conjunto. Outros, pelas músicas. Outros ainda, por uma ou duas em específico. E alguns só pela arte visual. Este foi um exemplo deste último motivo, e a imagem aí em cima diz tudo. Uma banhista bonita e um colorido fenomenal em toda a capa. Mas não se engane: essa arte bonita esconde um pôster de nove quadros, do qual a composição oferece uma ingrata surpresa. A saber qual é? Bem, essa deixo para quem adquirir o álbum também.
Este, ao lado do álbum de estréia do Mudhoney, compôs-se da maior cobiça fonográfica de pessoa que vos comenta, que sempre visitava determinada loja em Osasco, para saber se o produto ainda estava lá à venda.
Uma coisa ainda interessante é que o álbum em questão, mesmo após a aquisição, ainda custei, voluntariamente alguns dias a abrir. O motivo: havia uma amiga de tempos de fins de escola que amava a banda. Ofereci a possibilidade de trocar com ela este álbum por outro de cunho mais raro que só encontrava, a duras penas e em São Paulo – a saber, uma coletânea, ou o clássico álbum His ‘n’ Hers, do Pulp – , mas a pequena [modo de dizer] não teve essa possibilidade. Então me senti no direito de abrir e apreciar o trabalho.
E, quem diria, iria trocar um trabalho de alta categoria, que iria além de uma simples capinha bonitinha? Apesar do STP não ser uma das minhas prediletas, as ocasiões dos rótulos [uma longa história que envolve Pearl Jam, críticos, uma canção em específico e muita discórdia] não permitiam que esta passasse em branco no meu conceito. O resultado? Veremos a seguir.
Setlist
- Press Play: um bom instrumental que lembra mais uma música ambiente para elevador.
- Pop’s Love Suicide: uma canção interessante, que inicia o álbum sem colocar toda a capacidade da banda logo no início.
- Tumble In The Rough: um peso bem colocado, com o contrapeso da leveza.
- Big Bang Baby: a leveza bem colocada, com o contrapeso do peso instrumental.
- Lady Picture Show: algo mais romântico, mais voltado para o pop. O que não faz o conjunto perder a qualidade.
And So I Know: ainda mais romântica, mais leve e, sobretudo, para se envolver.
- Trippin’ On A Hole In A Paper Heart: para balancear o conjunto que estava tomando leveza, uma canção que rompe com todo o tráfego romântico e traz o "incômodo" peso natural da banda.
- Art School Girl: nomeada como a brincadeira do álbum, com a levada mais cool.
- Adhesive: uma canção que a princípio aparenta ser leve e densa, mas é no entanto equilibrada e no melhor formato expurga-males.
- Ride The Cliché: muito hard para ser Pop. No entanto, muito pop para ser Hard Rock. Um paradoxo musical.
- Daisy: instrumental no melhor clima praieiro.
- Seven Caged Tigers: para encerrar o conjunto, uma pomposa e alegre canção com todo o costumeiro peso.
Equilibrado?
Sim. Mas a voz de Scott permite que não sejam trabalhos distintos em um único.
Stone Temple Pilots: Pop’s Love Suicide