The Charlatans
Wonderland
[Universal, estúdio]
Pois bem, outrora falava da pechincha que havia adquirido dos mesmos sujeitos em Osasco [Vide Radar Musical: Três]. Consultando, nesta época, sobre quem era a tal banda realmente, estava em voga o referido álbum. Mais dance, uns diriam. Mais retorno às raízes, outros o também diriam. Certo é que, no final, o resultado foi etéreo.
O Charlatans, talvez recomposto da sua grande perda, ousou fazer música aos moldes do meinstrim, mas ainda não seria – devidamente – consagrado como uma banda de massa.
Melhor assim? Melhor assado? Só o tempo dirá.
Mas, quanto às ocasiões de compra, estas foram as incríveis. Dada uma folga no meu agitado calendário de semana útil, me permiti ir até a região da República, onde está o celeiro da Cidade Matricial do rock, que é(são) a(s) Galeria(s). [O plural se designa entre parênteses por haver uma outra que não é bem a Galeria Oficial do Rock, mas também tem alguma aprovação ali no meio.]
E a nova pechincha então? Um álbum, dito recente dos britânicos, por sete pilas!!! Logicamente, soube disso antecipadamente, por meio de consulta a uma ferramenta que na época me passaria a ser muito útil na constituição de meu gosto musical [ou já a tinha?], que é a famosa internéte.
Sem falar que aquela paisagem noturna à moda blue torna o trabalho gráfico mais interessante.
Setlist
- You’re So Pretty – We’re So Pretty: é isso o que o pessoal chama de Indie? Bem envolvente, por sinal…
- Judas: todo o clima de sintetizadores e vocal em falsete conferem o melhor clima cool na canção.
- Love Is The Key: a pegada rock contrasta muito bem com a nossa velha conhecida voz em falsete. Digna de hit de rádio.
A Man Needs To Be Told: ó, guitarrinha praieira…
- I Just Can’t Get Over Losing You: notável evidência [pessoal] de busca dos tempos primórdios pelos teclados.
- The Bell And The Butterfly: o Charlatans sempre tem desses instrumentais psicodélicos?
- And If I Fall: começa tenebrosa, se torna melancólica, mas se revela desveladamente e instigantemente triste, expurgadora de males.
- Wake Up: o ânimo está de volta, mas num clima de maior descontração.
- Is It In You?: a canção têm força, ainda mais com a voz feminina cantando com feeling um verso-chave.
- Ballad Of The Band: mais uma vez, um lance Indie, próprio dos Charlatans com a sua devida identidade. E, de canja, outra voz feminina.
Convém informar que esta versão em análise é a produzida em território brasileiro. Na versão britânica [ou ianque] há uma ou duas faixas bônus que preenchem o álbum, às quais não estão neste aqui.
A Pechincha valeu?
Desta vez, o Charlatans mostrou surpreender de verdade.
e 1/2
The Charlatans: Love Is the Key