Alice In Chains
MTV Unplugged
[Columbia/Sony Music, ao vivo]
Estava a dever sobre aquela atividade de risco. Pois bem, irei elucidá-la: em plena chuva, estava eu numa das minhas localidades mais queridas naquela cidade, onde passei minha tenra infância. Embora não lembre o motivo exato de estar lá. Lembro que sempre buscava ali, personificado num lugar específico, saudades de tempos áureos de minha vida, em que prosas, poesias e afins traziam tantas emoções [não, eu não inaugurei o movimento emo] para minha existência. Algo que não traz tantos sentimentos assim hoje em dia, por razões biológicas ou por não encontrar nada de novo na música hoje em dia.
E eu, afoito por ouvir esta e a aquisição antes comentada, fiz pela paciência minha amiga para poder chegar em casa e ouvir meus dois regalos [porque presente vem dos outros e depois do passado].
Tanto este como o Live do Alice tem a falta de uma canção que entraria no contexto de "ao vivo" das duas produções. A épica I Stay Away com o clipe de massinha inconfundível do qual eu presenciara nas minhas primeiras audições de MTV em casa.
E esse disco cumpre com a estigma que toda canção grunge pode ser posta ao violão…
Setlist
Nutshell: disco de Alice In Chains = expurgação de males de cabo a rabo, + o elemento acústico = purificação catársica.
- Brother: idem, talvez com um pouquinho menos de feelin’.
- No Excuses: existem canções, ao mesmo tempo, animadas e expurgatórias? Está é a prova capital disto. E ainda de palhinha, um solinho de Metallica.
- Sludge Factory: envolvente, instigante.
- Down In A Hole: por que essas canções down nos deixam mais up que o cantor?
- Angry Chair: os acordes fazem desta versão uma das canções mais equilibradas e coesas em todo o álbum.
- Rooster: a potência desta canção ao vivo nunca denotaria um versão mais harmoniosa ao acústico. Perfeita!
- Got Me Wrong: faltavam canções com atmosfera mais leve. Esta chegou em tempo.
- Heaven Beside You: uma clássica em bons termos no acústico, com destaque para o vocal.
- Would?: tem sua beleza, mas nada comparado às versões elétricas.
- Frogs: uma canção densa e complicada, que por muito pouco, não joga o álbum no atoleiro de um brejo [que não seja o nosso].
- Over Now: outra canção densa, mas que levanta o ânimo da apresentação para a "forjada" finalização…
- Killer Is Me: …que, após muita relutância do público, vira num "mais um", uma canção tipicamente aos moldes de um acústico e inédita no repertório.
Hard Grunge combina bem com violão?
Palavras não explicam nada o conceito desse álbum. Já sem o adicional atingiu o conceito máximo.