Oasis
Be Here Now
[Helter Skelter/Epic, estúdio]
Há outras muitas e incontáveis vertentes no rock a serem exploradas. Algumas sugerem preços tão atrativos como esta banda pop alternativa que é o Oasis. Talvez não das melhores [ou das melhores ainda, conforme o ponto de vista] lembranças que tive em minha vida, lembro-me de algumas músicas deles como trilha sonora.
Ah… Boas as épocas em que nós tínhamos rádios a tocar essas pérolas. E isso, ainda falo, numa época em que nem sabia quais eram essas incontáveis ramificações roqueiras.
Pelas palavras do próprio Noel, este é um dos álbuns mais desvalorizáveis da banda… Não entendo o porquê? Tudo bem, não são canções que toquem com a marca inglesa do Oasis, mas o exagero que desvaloriza uma obra, no pior dizer, mediana, permitiu que eu – antes de saber essa opinião – adquirisse essa pequena pechincha [lembra o Charlatans nesse sentido, mas você leitor, se acompanha musicalmente o que falo, perceberá mais semelhanças entre ambas do que possam imaginar].
Setlist
- D’You Know What I Mean?: lembra da primeira do Tellin’ Stories do Charlatans? Seria uma amostragem desta aqui, cujo clipe é de assombrar [Oasis com cara de boy band]? Mas, tirando isso, a psicodelia é fenomenal.
My Big Mouth: Oasis tem que ser sinônimo de alegria, e esta aqui é sinônimo de Oasis.
- Magic Pie: mas também pode ser uma bela e suntuosa melancolia.
- Stand By Me: tradicional no quesito de musicalidade do Oasis.
- I Hope, I Think, I Know: um investimento não muito original, já que foi um plágio menos favorecido de uma das faixas anteriores.
- The Girl In The Dirty Shirt: e o acústico, uma característica da banda, aparece nesta canção sacana e bem bolada.
- Fade In-Out: os elementos adicionais fazem desta uma música bem interessante.
- Don’t Go Away: mais uma canção melancólica e bela ao estilo tradiconal de levada acústica da banda.
- Be Here Now: a leva de teclados cria uma atmosfera divertida, de brincadeira de criança, mesmo.
- All Around The World: talvez o alvo das críticas supra-citadas. Será por ser uma música tal que, se existe no Britpop um ramo progressivo, esta é a gênese? Mas é isso que confere beleza à "quase" suíte.
- It’s Gettin’ Better (Man!!): uma canção arrasa-quarteirão traz à tona um perfil mais pop da banda. Algo que deixaria os primórdios dos Beatles com inveja…
- All Around The World (Reprise): um instrumental monumental fecha o álbum, como uma porta que eles próprios abriram.
Tocou de menos?
Ó, Noel, acho que você está sendo muito exigente… Fique feliz com este álbum que faz melhor que a média!