Velvet Revolver
Contraband
[BMG, estúdio]
Agora que estava um pouco mais graduado em grunge, permiti-me explorar outras vertentes, sobretudo as ainda alternativas [embora essa que venha a seguir seja mais "meinstrim"]. Uma banda que estava em voga na época era o Velvet Revolver, fusão de um vocal alternativo com instrumental mais hard rock. Erroneamente chamado de pós-grunge. Lógico, queria saber o que Weiland aprontava com seu vocal graudamente distinto.
E o álbum surpreendeu-me além das expectativas. No meu período mais físico, o trabalho dos herdeiros do G’n’R tornou-se trilha sonora mais que ideal, compondo um maravilhoso conjunto de sinfonia ao peso costumeiro feito nos últimos vinte anos neste estilo.
E assim, Contraband é um álbum que, trazendo à tona a lembrança do shopping Eldorado na região de Hebraica-Rebouças e de uma livraria que, mais tarde, compraria itens realmente essenciais, tornou-se a personificação dos últimos bons grandes períodos da história do rock em discos que pude apreciar. Após isso, ficaram tão somente canções isoladas.
Setlist
- Sucker Train Blues: será esta já um perfil de todo o álbum? Veremos a seguir, mas já vemos um bom e rápido início.
- Do It For The Kids: mais uma vez, vemos uma música que manda tudo pras cucuias. Mas no fim, ela se mostra bem amigável numa voz esmigalhante.
- Big Machine: essa não combina com o conjunto pela sua pegada rap.
- Illegal i Song: nervosinha, mas contundentemente ótima.
- Spectacle: o início revela uma música medianamente marcante.
Fall To Pieces: latente a herança do Guns ‘n Roses aqui.
- Headspace: acompanha todo o peso do restante do álbum, segurando até aqui muito bem sua boa média.
- Superhuman: asseguradamente, a mais angustiante e agressiva do conjunto.
- Set Me Free: forte e bem dosada.
- You Got No Right: quem pensou que eles não sabiam fazer um acústico quebra-gelo?
- Slither: falar desta é um local-comum. Mas podemos garantir que ela é o melhor expurga-males da atualidade.
- Dirty Little Thing: traz à lembrança nossa primeira faixa deste álbum, mas muito mais densa.
- Loving The Alien: para finalizar, a latente herança acústica do Stone Temple Pilots numa emotiva canção.
Melhor que duas ou três outras bandas?
Cada legado é incomparável, mas esse álbum não tem por que fazer desfeitas.
Velvet Revolver: You Got No Right