A Existência do Representativo Em Nossos Sangues Latinos
Por que se entregar aos luxos anglo-saxões dos acordes musicais rifados, se o calor imenso das latinas cada dia a mais invade nossas veias? Seria este o fim dos conceitos neste ser, acerca dos representativos de liberdade, em função de nossa individualidade?
Ainda digo que não, mas passamos cada dia a mais nos engessando em profundos laços de intimidade conosco mesmo. Com o que possamos chamar de instintos. Acima da razão? Acima da própria compreensão?
O animal prevalece sobre o humano, e isso é prejudicial? [faço desta a afirmação e a pergunta, ao mesmo tempo]
Mas o que conta é o expressivo pessoal em função da própria personalidade. Fazer o próprio Reggaetock ou o Rockaeton, juntar dos dois mundos. Nada mais de vender a própria imagem ao exacerbado american way massificado. Sejamos críticos! Assim o sejamos.
Até porque, compreensivamente, as misturas pouco estão convencionadas. Podemos pegar o nosso berimbau, o theremim, a conga, a guitarra portuguesa, e fazer nossa música do mundo. Verdade! Até eles quiseram fazer…
Mas o que mais desejam que se faça? Precisamos decompor a água nos seus elementos originais, para ingerirmos gases para cá dentro do duodeno se formem água novamente. Não. Tomamos água, mesmo sabendo de suas perdas quanto à exposição ao sol. E então, o frappé de coco com chocolate seria apreciável se ambas as camadas da receita não fossem fundir entre si?
E onde fica o latino – e até os guianenses – nessa questão? Aí é que ele se apresenta como fraterno sem compromisso. O cavalheiro do coloquialismo, que abraça aos seus semelhantes, se compadece dos menos privilegiados e que aspira os mais homogêneos em seus conceitos, embora isso se faça mais raramente, entre aqueles que não reconhecem o verdadeiro poder comunicativo dentro de si.
E ainda há latinos que reclamam de ser a si próprios. Principalmente quando estes se vêem menos entre os seus.
Deixemos a dins boca-de-sino aos saudosistas. Vistamos os tecidos da nova geração que ainda canta os desditos do mestre dos pianos e freneticamente dancemos ao tom dos panamenhos e porto-riquenhos, mesmo que estes sejam politicamente pertencentes ao nosso alvo dos dias-após-dias.
Política pode ser um detalhe. Nunca desprezível, mas nunca essencial para julgarmos, integralmente qualquer ser, por mais asqueroso que venha a ser. Há outras ferramentas a isso. E ainda outros que o façam melhor que nós.