Alvas, Áureas Belezas ou Poemas de um Tempo de Ikebana no. 1 (com Versos Livres Complementares)
Água do mar, flores em Terra
Conheci-as sem me expressar
Helen Sully, Lení, Tyna e Maryeva
Luzes de Sol, em clarão de luarO que se vê não se conta:
Avança, segue, recua e descontaPerfazem rara beleza
Apresentam-se noutro lugar
Concedem vivência, considerar
Sendo especiais, nenhuma friezaSegue a cena, fecha cortina,
Marca, vira, atua e combinaTrazem em si aroma indecifrável
Inigualável, mostra-se distinto
Pareço como num animal, o instinto
Reparo nelas um igual toque divinoIdéias a mil, paranóias concebidas
Gostos, preferências, jantares e bebidasSempre presentes, irreverentes
Confinadas sob própria vontade
Beldades em Terra, presentes
Beleza e doçura, revelam verdadeGanha-se o dia, compensa a noite,
Avalia, acena, aceita: conte!Helen Sully, de encargos em demasia,
Alva, demonstra profunda menção:
Olhar lascivo, aflita em seu coração,
Meticulosamente, infringe em lânguida alegriaFaça-se presente aquele que represente,
Sem artimanhas, mostre o que senteLení! Quase que te esqueci!
Da sua doçura alva,
Que por nenhuma outra vi,
Em corpo, sangue, espírito e almaIdos e vindos, descrevem caminhos,
Rotas, retornos, alambiques de vinhosDe áurea coroada, lembra-me Tyna
Presença focada, discretude sutil,
Comportamento refinado, responsabilidade feita à senil
Em corpo jovem, olhar azul-piscinaEntrépido, esguio, faço entendido
O que antes não presenciava, agora havia vistoE, também, não deixemos de lado a beleza singela,
Da divertida e estonteante Maryeva,
Que, não obstante, sendo a mais novata,
Faz sua presença, assombra, devassa!Seis, sete, dez horas, um dia passado,
Descanso ao Sol, numa rede de trançadoSão as quatro, estonteantes e belas,
Refazem-se ao vento, desinibidas,
Com seu cartão de visitas, brancas e amarelas,
Define-se a beleza, dela faz-se entendidaControla-se o vento, balbucia o mar,
Aonde quer que se vá, irá sempre encontrarEntretanto, se exposta, presença latente,
Perto de um jardim, à frente dum arbusto,
Nota-se o tempo, valor absoluto,
Suas vidas curtas minguam, não são para sempreReverencia, se adora, instiga, se duvida,
A ausência que se demora, intriga que se justificaHelen Sully e Lení, em amplitude,
Não obstante, contudo, entretanto,
Fervorosamente vêem sua finitude,
Iminente… Mas… Quando?Em desuso, obstinado, persistente,
Obtuso, prevaricado, aquilo que se consenteQuestionado, demoro-me a notar
Que Tyna e Maryeva, dispostas a acompanhar,
Todas as quatro, combalidas em união,
Exauridas despencam, num olhar constante ao chãoÓdio, amor, ciúme ou compreensão:
Coisas distintas, presentes no mesmo coraçãoEnfim, sagaz, foram quatro belezas,
Beldades na Terra; no Mar, às profundezas,
Maryeva, Tyna, Lení e Helen Sully,
Onde quisera encontrar, mesmo que as procure.Retrocede, paralisa, adentra e contabiliza:
O que se põe no ouvido, despercebe a vista!
Transcrito entre 8 e 19 de setembro de 2007, no tempo de duração de um arranjo de Ikebana.
Limp Bizkit: My Way
Esperem pelos próximos feitos…