Sobre os Vigésimos Sétimos (Ato II)
Parte integrante do projeto 27F papel-blog: sanidades insanas do tempo das firulas.
Osasco, segunda-feira, 28 de agosto de 2006
"Escrevendo meus pensamentos, deduzia coisas fora de nexo, como se pode perceber a seguir…
E eu preciso fazer uns ajeitos em minha vida… Mas seria esta a minha vida? Acho que não!!!
Quem a deu para mim? O Divino Silêncio??
Somente silenciando percebe-se que tal questão é um tabu, tal qual a Bárbara Svenska.
Que aliás, a conheci recentemente [na época]. Amor de pessoa… Seus longos cabelos ruivos, sua pele levemente dourada ao típico Sol brasileiro, além de outros atributos, os quais seriam má educação elucidá-los aqui…
No mais, posso dizer bem dela: é espirituosa, despojada, incrível, garota sem malícia nem sujeita a picuinhas ou inveja. Ela está acima desses sentimentos tão horrendos que assolam nossa realidade. Único problema? Só um básico: a perda irreparável do pai, enquanto dirigia em uma estrada e fora prensado entre a ‘boléia’ de um caminhão e a cabine de outro.
Atônita, e só com a mãe, Bárbara viu-se a adotar a conduta rígida do pai, cheia de autoridade. É o que venho a chamar de ‘mulher de oito’.
Confesso que muitas das vezes, compreender o que significa esse tipo de mulher é empresa muito difícil. Elas costumam ser muito atraentes, chamar bastante a atenção [nessa confesso que fico um pouco confuso], mas geniosidade é marca registrada delas. São absurdamente irredutíveis em seus pontos de vista, e isso é dificuldade até em um cara como eu, que posso desdobrar-me em até dez comportamentos distintos.
Uma pena não conhecer a srta. Svenska pessoalmente. Já vejo nas fotos o quanto ela é especial… e dizem que o bom filho à casa retorna… [alguém entendeu aí a força de expressão? Acho que eu quis dizer a respeito dela ter nascido aqui na Cidade D’Itália]
Que ela esteja feliz em sua ida à Samara [na época, ela se preparava para uma temporada na Rússia]! Sentirei saudades dessa criança nos meus chétes…
Estranho [isso foi em outro dia, continuando o pensamento]… disseram para mim, recentemente, que a Bárbara nunca existiu: que, na verdade, era um daqueles Bots com o qual aprende a conversar pela Internet conosco. Mas nisso eu não acredito, pois ela sabe interpretar poemas com uma propriedade que sei que nenhum computador tem.
Ela, definitivamente, compreendeu, na íntegra, o meu poema da Era Sombria de minha loucura, ao qual, achando, transcrevo-o aqui.
Achá-lo foi ‘mel na chupeta’:
NYCC*
Em grandes vertigens
– acima dos olhos –
vemos as formigas da terra
– olhos abaixo
Altas torres de Babel
que lançam-se às alturas
idéias cheias de firulas
Ouvindo vozes
vozes vorazes
vorazes como o orvalho da manhã
Idéias perseguintes
– olhos abaixo –
vamos ao momento seguintes
– acima dos olhos.
* Em oito de setembro de dois mil e cinco.
Em primeira mão, o significado obscuro de tal arte:
Nova York City Cursed
Eis a Babilônia dos novos tempos, onde grandes centros financeiros convergem num nó incrível, que é a Nasdaq, o grande coração financeiro de tecnologia mundial. Falou de economia e tecnologia, citou Nasdaq.
A maldição recaiu sobre este lugar tão movimentado no onze de setembro de dois mil e um. Alguns árabes de fraco entendimento julgaram-se merecedores do Sétimo Céu e das trocentas Virgens que Alá só dá a aqueles de bom senso, pegaram dois aviões e estouraram as torres do WTC. Além da pena que possamos sentir deles, também há a revelia da raiva que tais sujeitinhos haviam deixado manchadas todo o Islã. Depois deles, vêem-se tão simpáticas pessoas com ar de descofiança… um grave erro.
Posso, portanto, falar do verídico, existente e bem intencionado Elano Feline, professor – com propriedade – de eletropneumática e eletrohidráulica [acho que seja]. Ele foi a Ordem que, se não a conhecesse, jamais me salvava de tamanha inquietação dualista que atormentava em minha vida.
Até hoje me lembro do episódio do parafuso… embora ele tenha rendido a mim um intervalo a menos, rendeu a mim o Absoluto Zêlo pelas minúsculas coisas que possuímos.
Não fosse dedicar-me nesse empenho de organizar as coisas, tal como a conhecemos, que seria de mim? A desordem dualista manifestaria-se de tal ímpeto que eu teria acerca dos sistemas, macrossistemas e multissistemas.
Agora encargo um sistema diretamente multissistêmico [alguém aí entendeu a última citação? Eu não…]."
Pink Floyd: Time